segunda-feira, 21 de julho de 2008

PLANEJAMENTO COMO PRÁTICA EDUCATIVA

RESUMO

PLANEJAMENTO COMO PRÁTICA EDUCATIVA

O planejamento chegou a um grande descrédito por alguns motivos: A existência do “planejador” que são poucos. E se há “planejadores”, há “executores” que são uma porção e consecutivamente “avaliadores” que apontarão a direção para todo o grupo. Em todos estes casos desmerecem as o planejamento que tem a difícil função de organizar a ação sem ferir a autonomia dos participantes.

O fato de se pensar planejamento com “fábrica de idéias”, o que é uma compreensão parcial do planejamento, limita as preocupações a uma etapa, a da elaboração, deixando completamente esquecidas as etapas da execução e avaliação.

O formalismo e a burocracia que matam tudo aquilo que tocam. Os “experts” fazem-nos preencher quadrinhos e formulários e nos dizem que estamos planejando. Evidente que nem eles levam a sério aqueles papéis, mas a falta de soluções os obriga a render culto a burocracia e ao formalismo.

A falta de capacitação técnica das pessoas que “planejam”, ou mesmo coordenam a feitura dos planos, o que termina levando os planos a ineficácia.

Além disso, há também as causas externas, a relação plano e gaveta existe porque o planejamento é para mudança, para transformação, o que provavelmente não é o desejo dos “donos” de nenhum dos setores de atividade humana. Eles fazem propaganda para que creiamos em coisas, para que continuemos a agir descoordenadamente, a fim de manter o “Status Quo”.

O primeiro elemento que surge quando falamos sobre a finalidade do planejamento é a eficiência, ou seja, a execução perfeita de uma tarefa que se realiza. Mas isso não é a mais importante finalidade do planejamento. O planejamento visa à eficácia, devendo alcançar não só que se façam bem as coisas que fazem (eficiência), como também que se façam as coisas que realmente importam fazer (eficácia). Outra significativa finalidade é a compreensão do processo de planejamento como processo educativo. Esta finalidade só é alcançada quando o planejamento é concebido como uma prática que sublinhe a participação, a democracia, a liberdade.

Para iniciar a correção dos problemas recorrentes nos planejamentos é necessário fazer questionamentos em três sentidos: Durante o planejamento é preciso ter em vista a ação. A elaboração é apenas um dos processos. E que há necessidade da existência do aspecto da execução e avaliação; A função do planejamento é tornar clara e precisa a ação de organizar o que fazemos; Ter como definido e em idéia que todo autoritarismo é perigoso e que todas as pessoas que compõem o grupo devem participar de todas as etapas, aspectos ou momentos do processo.

Dentro do processo de planejamento há três perguntas básicas a serem feitas: O que queremos alcançar? Essa pergunta tem conotações diferentes dependendo da ótica a ser respondida. Na Educação ela supõe a busca de um posicionamento sempre provisório a respeito do homem e da sociedade a respeito da pedagogia; A que distância estamos daquilo que queremos alcançar? A resposta a essa questão não é essencialmente uma descrição da realidade, mas um juízo sobre ela. O essencial é o julgamento desta realidade confrontada com aquilo que queríamos que fosse; O que faremos (em tal prazo) para diminuir a distância? Superada as questões anteriores é necessário fazer a programação. Trata-se de agir na direção do que está estabelecido como ideal a partir da idéia que brotou do julgamento que se fez.

Logo, observamos que para planejar em Educação necessita-se de elaborar – decidir que tipo de sociedade e de homem se quer e que tipo de ação educacional é necessária para isso; executar – agir em conformidade com o que foi proposto e por fim avaliar – revisar cada momento e cada uma das ações, bem como cada um dos documentos derivados deles.

O importante é que, descobrindo porque não se realizam planos, aumentamos nossa condição de participarmos de um processo de planejamento que seja um processo de esclarecer e tornar precisa a ação do grupo em que estamos.

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